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Biotecnologia: bactérias podem produzir grafeno

A gente já comentou por aqui sobre como o grafeno vem
revolucionando a indústria, da perspectiva dos materiais. Mas a demanda por
esse insumo implica a busca por diferentes formas de produção dele, correto? E
em um contexto em que biotecnologia se apresenta como um excelente recurso, de
forma ousada, a engenharia recorreu às bactérias para a produção de grafeno!

bactérias grafeno
Imagem: onlinelibrary.wiley.com

O desafio da produção de grafeno em larga escala:

O grafeno é um nanomaterial de grande interesse na engenharia devido à sua alta capacidade de conduzir eletricidade, bem como a sua extraordinária força mecânica e flexibilidade. No entanto, o grande obstáculo em adotá-lo para aplicações cotidianas é a sua produção em grande escala, mantendo suas propriedades surpreendentes.

Uma equipe de pesquisadores em nanociência, liderados pela bióloga
Dra. Meyer, descreveu seu método para produzir materiais de grafeno usando uma
nova técnica: misturar grafite oxidada com… Bactérias! Segundo a equipe, a
metodologia constitui uma maneira mais eficiente em termos de custo, economia
de tempo e respeito ao meio ambiente, ao ser comparada com os métodos químicos
de produção do grafeno.

grafeno bacterias
Imagem: phys.org

Produção biológica do grafeno:

A fim de produzir maiores quantidades de materiais de
grafeno, a bióloga Meyer e seus colegas começaram com um mero frasco de
grafite. Eles esfoliaram o grafite – derramando as camadas de material – para
produzir o óxido de grafeno, que eles então misturaram com a bactéria Shewanella. Eles deixam o béquer de
bactérias e materiais precursores repousar durante a noite, período em que as
bactérias reduziram o óxido de grafite a um material de grafeno.

As bactérias removeram os grupos de oxigênio do material,
transformando-o em condutível para eletricidade. Basicamente, fizeram o
trabalho.

Aplicações para o grafeno produzido por bactérias:

O material de grafeno produzido por bactérias criado no
laboratório de Meyer é condutor e também é mais fino e mais estável do que o
grafeno produzido quimicamente. Além disso, ele pode ser armazenado por
períodos mais longos.

Essas propriedades tornam o grafeno produzido biologicamente adequado para uma variedade de aplicações, incluindo biossensores de transistores de efeito de campo (FET) e tinta condutora. Os biossensores FET são dispositivos que detectam moléculas biológicas e poderiam ser usados para realizar, por exemplo, monitoramento de glicose em tempo real para diabéticos. Legal, né?

Imagem: graphenea.com

O artigo original está disponível na ChemPubSociety Europe e comentários dos autores podem ser consultados no Phys.org.

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