Infelizmente, enquanto assistimos à Copa do Mundo, vidas se perdem ao redor do planeta, muitas em conflitos, como o mais recente, iniciado pela Rússia. Para se defender, a Ucrânia realiza todos os dias diversas manobras. Mas uma delas colocou em risco civis poloneses que habitam a fronteira com o país. Na metade do mês de novembro, uma explosão matou duas pessoas do lado da Polônia. E antes que os parceiros da Otan reagissem, foi dito que se tratava de um acidente não intencional, com um míssil perdido da própria Ucrânia.
Acontece que a Ucrânia hoje tem dificuldades de prever os mísseis russos e, com isso, tem cometidos erros que podem levar a grandes desastres. Pensando nisso, a Alemanha ofereceu ao vizinho europeu um poderoso sistema de defesa antiaéreo, o Patriot, que pode, assim, proteger a Polônia. Saiba mais no texto a seguir!
A tecnologia de defesa antiaérea Patriot
O sistema Patriot foi projetado pelos Estados Unidos nos anos de 1960, com objetivo de neutralizar diversos tipos de ameaças aéreas, como mísseis, aviões e drones maiores. E o mesmo começou a ser implementado nos anos de 1980, pelo exército norte-americano. Quem passou a fabricá-lo foi a empresa de equipamentos bélicos Raytheon. Sua promessa é de que o produto possa cobrir cerca de 68 km, rastreando até 50 alvos e atacando 5 de uma vez só. Dependendo da versão em uso, os mísseis interceptadores podem chegar a uma altitude de mais de 2 km e atingir alvos a até 160 km de distância.
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Países que já utilizam o sistema
Ucrânia e Polônia não seriam os primeiros países a utilizar o sistema Patriot. Na verdade, 18 países já o usam para a sua defesa. Só a Alemanha, em determinada ocasião, adquiriu 12 unidades, instalando 2 delas, por questão de estratégia, na Eslováquia. Mas, voltando no tempo, em 1991, os Estados Unidos e sua coalizão usaram o Patriot em diversos combates em áreas povoadas em Israel, interceptando mísseis Scud iraquianos durante a Operação Tempestade no Deserto.
Pesquisas em anos posteriores questionaram a eficácia do Patriot, sobretudo quando militares americanos foram atacados em seu alojamento na Arábia Saudita. Na ocasião, o sistema não conseguiu interceptar o míssil que chegava e 28 pessoas morreram. Por isso, a tecnologia precisou ser aprimorada, levando-a à maior eficiência.
Em 2003, o Patriot foi novamente enviado para o Iraque, durante a guerra liderada pelos Estados Unidos. Depois disso, todos os testes foram muito bem sucedidos. Mas, ainda assim, o custo se manteve bem alto. Por exemplo, a unidade enviada à Polônia tem valor de 4,75 bilhões de dólares. E um único teste com ele pode custar até 100 milhões de dólares. Diante disso, membros da Otan resolveram dividir os custos quando preciso, inclusive para compras de mais unidades Patriot.
O uso do Patriot na Guerra da Ucrânia
Cada unidade Patriot precisa de 90 soldados especialistas operando; esta é a parte complicada. A boa notícia é que, dependendo do tipo e da trajetória do disparo que atingiu a Polônia, o sistema tem grandes chances de interpretá-lo. Lembrando que a tecnologia tem grande potencial de defender um território contra mísseis balísticos táticos, mísseis de cruzeiro, drones, aeronaves e “outras ameaças” – não especificadas pela Raytheon. E isso é bom, levando em conta que ninguém tem ideia dos planos traçados pela Rússia.
“A Polônia é nossa amiga, aliada e, como vizinha da Ucrânia, particularmente exposta.” – Christine Lambrecht, ministra alemã da Defesa, em reportagem de Globo.
Então, a Otan aposta suas fichas nesse sistema. O Patriot está ligado e pronto para rastrear e interceptar! Mas vamos torcer que jamais seja necessário usar qualquer um desses novos equipamentos e que esses tristes conflitos ao redor do mundo cheguem ao fim. Afinal, merecemos tempos de paz!
Fontes: Globo.
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