Bauru-SP

+55 (14)3243-0994

Seg - Sex: 8h - 18h

Pesquisadores da Georgia Tech criam primeiro chip semicondutor à base de grafeno totalmente funcional

chip de grafenochip de grafeno

Pesquisadores da Georgia Tech, em Atlanta, anunciaram recentemente a conquista do que estão chamando de primeiro chip semicondutor à base de grafeno totalmente funcional. Este avanço promissor tem o potencial de redefinir o cenário da eletrônica, oferecendo a possibilidade de computadores tradicionais mais rápidos e introduzindo um material inovador para futuros computadores quânticos. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

O que torna este chip único?

A pesquisa, liderada por Walt de Heer, professor de física na Georgia Tech, concentra-se na utilização de grafeno epitaxial, uma estrutura cristalina de carbono quimicamente ligada ao carbeto de silício (SiC).

chip de grafeno
Imagem de Chris Mckenney, Georgia Institute of Technology via Spectrum

O material semicondutor resultante, denominado grafeno epitaxial semicondutor (SEC), ou, alternativamente, epigrafeno, exibi uma mobilidade eletrônica aprimorada em comparação com o silício tradicional. Isso permite que elétrons percorram o material com significativamente menos resistência, resultando em transistores capazes de operar em frequências terahertz, proporcionando velocidades 10 vezes superiores às dos transistores de silício presentes nos chips atuais.

Método de fabricação

De Heer descreve o método como uma versão modificada de uma técnica extremamente simples conhecida há mais de 50 anos. “Quando o carbeto de silício é aquecido a mais de 1000 °C, o silício evapora da superfície, deixando uma superfície rica em carbono que se transforma em grafeno”, explica de Heer.

A saber, esse processo, realizado em um tubo de quartzo de argônio, leva cerca de uma hora. O SEC produzido é essencialmente neutro em carga e, quando exposto ao ar, é espontaneamente dopado por oxigênio, sendo esse doping facilmente removido por aquecimento a cerca de 200 °C em vácuo.

Veja Também: Imagem de Chris Mckenney, Georgia Institute of Technology via Spectrum

Quais as vantagens do grafeno em relação ao silício?

O grafeno, uma única camada de átomos de carbono organizados em uma estrutura hexagonal, está emergindo como um condutor superior ao silício, facilitando um movimento de elétrons mais eficientes no material. Apesar dessas vantagens, tentativas anteriores de integrar o grafeno à eletrônica enfrentaram desafios devido à ausência de uma lacuna de banda, um fator crítico para transistores ligarem e desligarem.

Imagem de Jacob Aron via New Scientist.

Qual o potencial de aplicação na computação quântica?

Os pesquisadores destacam que semicondutores à base de grafeno podem desempenhar um papel crucial na computação quântica, especialmente quando o grafeno é utilizado em dispositivos em temperaturas muito baixas, onde seus elétrons exibem propriedades quântico-mecânicas semelhantes às observadas na luz.

Quais os principais desafios para a condução da pesquisa?

Embora o avanço seja promissor, de Heer e sua equipe reconhecem a necessidade de mais pesquisas para determinar se os semicondutores à base de grafeno podem superar a tecnologia supercondutora atualmente utilizada em computadores quânticos avançados. Eles não visualizam a incorporação desses semicondutores à base de grafeno com as linhas de silício padrão, buscando, em vez disso, uma mudança de paradigma além do silício, utilizando o carbeto de silício.

Quais as perspectivas para o futuro da tecnologia?

A equipe de Georgia Tech está desenvolvendo métodos, como revestir o SEC com nitreto de boro, para proteger e melhorar sua compatibilidade com métodos convencionais de processamento de semicondutores.

Comparando seu trabalho com os transistores de efeito de campo de grafeno (GFETs) comercialmente disponíveis, de Heer destaca uma diferença crucial: “Os GFETs convencionais não usam grafeno semicondutor, tornando-os inadequados para eletrônicos digitais que exigem um desligamento completo do transistor”. Ele ressalta que o SEC desenvolvido por sua equipe permite um desligamento completo, atendendo aos rigorosos requisitos dos eletrônicos digitais.

Nova era eletrônica

Embora de Heer compare esse avanço ao primeiro voo dos irmãos Wright de 100 metros, ele ressalta que o progresso dependerá da quantidade de trabalho dedicado ao seu desenvolvimento. Esse notável avanço na tecnologia de semicondutores à base de grafeno oferece uma visão promissora para o futuro da eletrônica, potencialmente abrindo portas para uma nova era de dispositivos mais rápidos, eficientes e, quem sabe, revolucionando a computação quântica. O trabalho árduo e a pesquisa contínua agora moldarão o destino desse avanço extraordinário.

Veja Também:

Aplicações possíveis do grafeno na engenharia


Fonte: IEEE Spectrum.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com [email protected] para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

500 tijolos por hora: Empresa australiana lança solução para construção de edifícios mais rápida

Os robôs agora estão invadindo os canteiros de obras da Engenharia, revolucionando a construção de edifícios. Por exemplo, recentemente, foi notícia nas redes que a empresa Construction Robotics havia lançado um robô-pedreiro semi-automático capaz de assentar 3 mil tijolos diariamente – o que seria 6 vezes mais rápido que um humano. Seu primeiro teste foi em Chicago, nos Estados Unidos.

Imagem reproduzida por Mapa da Obra

Veja Também: Casas pré-moldadas de metal: a chave para uma construção sustentável e eficiente no futuro

Agora a notícia mais recente é o lançamento da máquina Hadrian X, da empresa FBR Limited. Ela poderia construir, com ajuda de um software para posicionamento de blocos, uma casa de dois quartos em apenas 24 horas – uma velocidade em torno de 1 bloco a cada 20 segundos ou 1 mil blocos por hora. Algo que só seria possível com a utilização também de técnicas de construção superiores, como de uso de argamassa adesiva. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!

Imagem reproduzida de Hadrian X, FBR Limited, via AU Manufaturing

Desafios éticos, sociais e econômicos na automação da construção de edifícios

A Engenharia Civil também caminha em busca do progresso e da inovação. Mas isso exige considerações éticas, sociais e econômicas. Será que estamos vivendo uma transição justa e inclusiva no mercado de trabalho? O que você acha?

Nesse cenário, é inegável a contribuição que exerce inventos como o da FBR Limited. Esse robô pode ser um dos exemplares a mudar radicalmente o panorama da construção de edifícios, que por centenas de anos se valeu de métodos tradicionais e mão-de-obra humana. Enfim, a necessidade exigiu mais pressa para se erguer paredes de habitações. E o desafio agora é manter a qualidade e a eficiência ao mesmo tempo que se desafia a velocidade das práticas da Engenharia.

A saber, a capacidade do robô Hadrian X seria de manusear até 500 blocos por hora. Na prática, isso daria algo em torno de 120 metros quadrados. E tudo feito com auxílio de um braço telescópico de 32 metros, projetado para executar construção de edifícios de até 3 andares de altura. O diferencial desse mecanismo é o manejo de peças de grandes dimensões e peso considerável, oferecendo um potencial inédito para a Engenharia Civil.

@fbrltd0

this robot builds houses with zero waste foryou #robot #construction #3dprinting #tech #engineering #house #hadrianx #fbr #fastbrickrobotics #futuretech #smartconstruction #automation #innovation #knowledge #australia

♬ original sound – fbr-ltd – fbr-ltd

Veja Também:

Engenharia 4.0: descubra o que é e como ser um bom profissional na área

Sustentabilidade, eficiência e adaptação na indústria da construção de edifícios

Como dito antes, a indicação da FBR Limited é combinar sua máquina Hadrian X a um processo construtivo que faz uso de argamassa “adesiva”, substituindo a argamassa tradicional. Essa é uma tentativa da empresa para reduzir a geração de resíduos nesse processo de construção de edifícios. Certamente, a estratégia segue o novo modelo industrial da atualidade, que busca ser mais sustentável.

Os bons resultados já foram provados em testes, com a construção de edificação de moradias individuais até estruturas de portes maiores, formadas por blocos maiores. Todo o processo é automatizado via modelo CAD 3D. Mas, justamente por isso, será que os pedreiros terão sua mão-de-obra eliminada do mercado da Engenharia Civil? Bem, parece que suas habilidades terão que ser transferidas para a condução dessa automação avançada. Ou seja, é a substituição da obra humana por robôs – e humanos requalificados para novas demandas e oportunidades.

A introdução massiva dessa tecnologia robótica pode redefinir os paradigmas do setor da Engenharia Civil, exigindo regulamentações e adaptações para garantir uma transição suave e equitativa para todos os envolvidos.

View this post on Instagram

A post shared by FBR (@fbr_ltd)

View this post on Instagram

A post shared by FBR (@fbr_ltd)

View this post on Instagram

A post shared by FBR (@fbr_ltd)

View this post on Instagram

A post shared by FBR (@fbr_ltd)

Observação: Foi noticiado no início de novembro de 2023 que a China planeja produzir muitos robôs humanoides até 2025, com a intenção de ter um impacto enorme no mundo, comparável ao que os smartphones e computadores tiveram. Empresas chinesas, como a Fourier Intelligence, planejam fabricar em grande escala esses robôs até 2024. E, nos EUA, a Agility Robotics e a Tesla também estão trabalhando em projetos similares, mas ainda há desafios a superar antes da produção em larga escala desses robôs.

Então, quais os impactos sociais e econômicos você acredita que terá essa transição para uma construção de edifícios automatizada? Será que teremos trabalhos mais seguros e ecológicos pelo menos? Escreva suas impressões sobre o tema na aba de comentários!

Veja Também:


Fontes: ING Brasil, Engenharia Hoje, Click Petróleo e Gás.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com [email protected] para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

A ‘Madeira’ Sustentável feita de Arroz e PVC pela Braskem no Brasil

Você sabia que o Brasil é, atualmente, um dos dez maiores produtores de arroz do mundo. A saber, nossa produção é de 10 milhões de toneladas do cereal por ano – um valor que pode variar a depender dos efeitos das mudanças climáticas. E, agora, a empresa Braskem, gigante na produção de biopolímeros, adquiriu os direitos de fabricação da marca Resysta, que, resumidamente, é uma ‘madeira’ feita de arroz e PVC. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!

Imagem reproduzida de Braskem via ADVFN

Qual é a relação entre a casca de arroz e a Resysta da Braskem?

A Resysta é um tipo de revestimento considerado hoje pelo mercado como extremamente inovador. O mesmo utiliza 60% de casca de arroz aditivada e resina vinílica (PVC). O resultado dessa soma é um material 100% reciclável, leve e resistente. E a melhor parte é que ele é bastante semelhante à madeira utilizada em obras de Engenharia.

Especialistas afirmam que esse pode ser um passo significativo para a indústria da construção caminhar em direção à sustentabilidade, promovendo várias práticas positivas para o Brasil e América do Sul em geral. A razão? Aproveitar um material renovável e reutilizar o resíduo produtivo do arroz.

Imagem reproduzida de Embrapa via Revista Oeste

Para quais aplicações a Resysta pode ser usada?

A Braskem afirma que sua nova aquisição de produto, a Resysta, pode ser aplicada a uma variedade de setores da economia brasileira. Além da Engenharia, a Arquitetura, o Design de Interiores e Design de Exteriores. Por exemplo, em decks, móveis, fachadas, rodapés, portas, batentes, pisos, tetos e em revestimentos em geral, trazendo inovação para a indústria do país.

O potencial é mesmo bem grande, sobretudo considerando que a maioria dos clientes está atualmente mais inclinada a optar por materiais mais sustentáveis.

Imagem divulgação via Revista Oeste

Observação: A Braskem pretende produzir a Resysta localmente, e a tecnologia está licenciada para a América do Sul, incluindo o Brasil, bem como para alguns países da América Central e Caribe.

Veja Também:

Clique aqui e acesse o Canal do Engenharia 360 no WhatsApp!

Fontes: Fusões e Aquisições, São Bento em Foco.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com [email protected] para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Mulheres empreendedoras: 5 líderes exemplos em inovação aberta no Brasil

mulheres empreendedoras

Mulheres são fortes, determinadas e muito criativas! Não é à toa que são cada vez mais cotadas para assumir grandes cargos nas empresas. E é nesse momento que os céticos se surpreendem ainda mais, pois descobrem que, além de tudo, as mulheres sabem ser profissionais inovadoras.

Mas, então, por que será que tantos postos executivos ainda são, em sua maioria, ocupados por mulheres? Bem, infelizmente, essa questão de equidade de gênero em postos de trabalho é um problema – e não só no Brasil, mas no mundo todo. Por outro lado, recentemente, uma pesquisa feia pela consultora empresarial americana McKinsey apontou que houve uma melhora de 14% nos indicadores de companhias na América Latina para divisão equilibrada entre homens e mulheres nos postos gerenciais. Já em um levantamento feito pela consultoria especializada da 100 Open Startups revelou que 40% dos postos de gestão em programas de inovação aberta hoje são ocupados por mulheres. Ou seja, novas oportunidades e novas perspectivas para as mulheres no mercado de trabalho!

mulheres empreendedoras
Imagem reproduzida de Pixabay

Exemplos de executivas de sucesso em inovação

Uma lista feita pela Future Dojo, joint-venture de educação da Exame e da ACE, reuniu uma lista com o nome de vinte mulheres com trajetórias de sucesso em seu e-book. Nós, do 360, lemos o material e separamos algumas histórias para compartilhar com vocês, de modo a inspirar mais executivas que queiram trilhar o mesmo caminho de liderança na área de inovação. Confira a seguir!

1.Lisiane Lemos

Gerente de Desenvolvimento de Agências da Google, advogada e especialista em Tecnologia. Também é membro do conselho consultivo do Fundo de População das Nações Unidas, Kunumi AI e do conselho emérito do Capitalismo Consciente Brasil. Já foi co-líder do Comitê de Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil e co-fundadora do Conselheira 101, Rede de Profissionais Negros e Blacks at Microsoft Brasil. E se dedica hoje a dar para outras mulheres dicas sobre liderança e carreiras.

2.Juliana Glezer

É Engenheira de Alimentos, além de gerente de Open Innovation e Portfólio da Nestlé. Foi responsável por criar o ‘Panela’, um projeto que pretende consolidar a companhia no ecossistema de inovação e ser a porta de entrada para startups, universidades e pesquisadores. Já trabalhou na AgroParisTech. E, hoje, deseja unir suas paixões e expertises para se dedicar à inovação voltada, sobretudo, ao mercado de alimentos e bebidas.

3.Clara Bidorini

Já foi diretora e responsável pela criação da área de corporate venture da Kyvo Design-Driven Innovation, onde coordenava programas de inovação organizacional e inovação aberta. Também foi fundadora do programa “Change as Mindset” de empoderamento feminino e cofundadora da Namoa, plataforma de apoio a pessoas em estado de refúgio. Agora, é manager de startup business development na Amazon AWS. Deseja aliar design, estratégia e inovação em seu trabalho. E quer ajudar as mulheres compartilhando dicas sobre como construir projetos estratégicos.

4.Renata Zanuto

É formada em Administração, com especialização em Gerenciamento Estratégico & Marketing. Tem dez anos de experiência com inovação. Já trabalhou na IBM. Atua hoje como co-head no Cubo Itaú, responsável pelas conexões entre startups e os demais agentes do ecossistema de inovação para geração de negócios. E gosta de compartilhar vídeos na Internet sobre empreendedorismo.

5.Dani Junco

Especialista em Marketing com foco em Branding. Trabalha como CEO da B2Mamy, a primeira aceleradora que conecta mães empreendedoras ao ecossistema de inovação. Propõe que mulheres possam equilibrar seus papéis em suas carreiras e na administração da família, se tornando líderes em seus trabalhos. Nas redes, desenvolve ações para formar redes de apoio para o desenvolvimento de lideranças femininas.

E você? O que faz com seu espírito empreendedor? Com profissional, o que faz para ser uma referência em inovação? Como inspira outras mulheres? Fuja do óbvio! Leia, faça cursos… Aumente seu repertório! E jamais deixe de ouvir seu público-alvo!

Veja Também: Conheça o programa da Google para incentivar startups de mulheres na América Latina


Fontes: Revista Exame.

The post Mulheres empreendedoras: 5 líderes exemplos em inovação aberta no Brasil appeared first on Engenharia 360 | Engenharia para Todos.